quinta-feira, 9 de novembro de 2017

DESCRIÇÃO


ER Valpereiro

Estação Rodoviária de Valpereiro.

A construção original recentemente sofreu obras de restauro. O nome é sugestivo, pois na realidade trata-se da antiga paragem de autocarros no cruzamento de Valpereiro (estrada nacional 215). Foi servida entre outras pela Empresa Auto-Viação Bragançana, fundada pelo Dr. António Menezes Cordeiro, talvez em 1904. Esta “Estação Rodoviária” terá sido construída por essa altura e é exemplar único no concelho.

Vale Pereiro

Área: 942 ha
População: 70 habitantes
Património cultural edificado: Igreja Matriz, Capela S. Geraldo, Cruzeiro, Alminhas, Fonte Antiga com Bebedouro para Animais, Sede da Freguesia, Centro Social
Património Paisagístico: Fraga da Tecedeira
Festas e Romarias: Festas de S. Bartolomeu no 1º Domingo de Agosto, de S. Geraldo a 5 de Maio
Gastronomia: Enchidos de derivados de Porco, Alheiras, Chouriça, Salpicão, Queijo de Ovelha
Locais de lazer: Junto do Cruzeiro de Vale Pereiro
Espaços lúdicos: Campo de Futebol de Vale Pereiro
Artesanato: Queijo de Ovelha, Ferraria, Rendas, Bordados
Orago: Stº Apolinário
Principais actividades económicas: Agricultura, Pecuária, Olivicultura, Amêndoa, Cortiça
Colectividades: Centro Social e Paroquial de Vale Pereiro 4

A freguesia de Vale Pereiro situa-se no extremo oriental do concelho de Alfândega da Fé, no limite com o vizinho concelho de Mogadouro. É delimitado a norte pela freguesia de Saldonha, a sul pelas freguesias de Alfândega da Fé e Vilar Chão, a ocidente por Agrobom e a oriente, como se disse antes, pelo concelho de Mogadouro. O seu povoamento remonta à pré-história. Algumas figuras rupestres que apareceram perto de Saldonha assim o comprovam. Para além disso, temos o recinto fortificado de Vale Pereiro, tipicamente castrejo. Locais que terão sido posteriormente romanizados, ou seja, terão recebido a presença dos romanos. Quanto ao topónimo que dá o nome à freguesia, Vale Pereiro deve estar relacionado com um factor geográfico, a sua integração num 'vale', e com a flora dominante em tempos no seu território. Pereiro é o nome pelo qual é conhecida geralmente uma variedade de pereira e de macieira, cujo fruto oblongo e doce se chama pero. Até meados do século XIX, Vale Pereiro pertenceu ao concelho de Chacim. Estava então anexada a Agrobom, mas o desenvolvimento que conseguiu levou à sua independência municipal. Com a extinção de Chacim, passou para o concelho de Alfândega da Fé. Em termos de património edificado, começamos por mencionar a Igreja Paroquial de Santo Apolinário. Em 1724, foi colocado o cruzeiro no centro da povoação. Menção ainda para a Capela de S. Geraldo.

(fonte: http://valepereiro.blogspot.pt/ )





Capela de S. Geraldo
Uma pequena capela bem próxima da localidade de Valpereiro.
Saindo de Valpereiro em direção a Agrobom, aparecerá sinalizada a estrada de terra batida que dará acesso à capela (verifiquem o ponto adicional).
Não passa despercebida da estrada, apesar de um pouco camuflada, não sendo bem possível distinguir a partir de alguns pontos se se trata ou não de uma capela.
A calma e o silencio fazem do lugar onde esta se encontra um pequeno pedaço de paraíso.
Podem aceder à mesma com um carro rasteiro, desde que não tenham medo de o sujar, ou podem deixar o carro próximo da entrada do trilho e seguir a pé.
Desfrutem da visita, relaxem e divirtam-se!


outubro 01, 2017 ANTÓNIO CLEMENTE MENÉRES MANSO Morreu hoje no Porto, onde se encontrava internado no Hospital da CUF, o nosso excelente Amigo Eng.º António Clemente Menéres Manso. Homem dotado duma visão perspectiva e prospectiva sobre a agricultura e o desenvolvimento regional, na esteira do que foi o pensamento e a acção do Eng.º Camilo de Mendonça, a sua opinião fundamentada era ouvida, partilhada e considerada por muitos dos que com ele tivemos o privilégio de conviver. Nasceu em Vila Nova de Gaia em 16 de Março de 1934, filho de Alberto António Martins Manso e de sua mulher D. Josefina Pinto dos Santos da Fonseca Menéres, em casa de seus avós maternos. A sua aldeia de referência era Valpereiro, concelho de Alfândega da Fé, onde até aos dez anos de idade frequentou a escola primária e onde geria a sua casa agrícola, permanentemente preocupado com a criação de animais em modo de produção biológico e com a produção dum azeite de excepcional qualidade que lhe tem vindo a grangear prémios e reconhecimento nacional e internacional. Estudou em Lisboa, onde se licenciou em Engenharia Agronómica pelo Instituto Superior de Agronomia. Trabalhou para a Federação dos Grémios da Lavoura do Nordeste Trasmontano, a partir de 1954, e no Complexo Agro-Industrial do Cachão onde exerceu as funções, sucessivamente, de Director do ramo Produção Pecuária, Director de Produção Industrial, Administrador Delegado (1978) e Presidente do Conselho de Administração. Entre 22 de Fevereiro de 1985 e 16 de Março de 1987 exerceu as funções de Director Regional de Agricultura de Trás-os-Montes e Alto Douro. Foi dirigente associativo e fundador de diversas organizações da lavoura. Só para citar algumas, a AOTAD, a APITAD e o Centro de Gestão do Vale do Tua. Foi autarca pelo CDS, tendo sido vereador da Câmara Municipal de Alfândega da Fé entre 1989 e 1993. Já tinha sido também Vice-Presidente da Câmara Municipal de Mirandela entre 1969 e 1972. Deixou obra escrita, nomeadamente sobre ovinicultura, comercialização de azeite e produção de leite. Mais recentemente dedicava-se a investigação sobre a vida e a obra do Eng.º Camilo de Mendonça, tendo publicado este ano “Eng.º Camilo de Mendonça e o desenvolvimento do Nordeste de Portugal”. http://mdb.pt/opiniao/camilo-de-mendonca . A agricultura do Nordeste e em especial a de Alfândega da Fé fica a dever-lhe uma paciente e persistente acção a seu favor, de que destacamos o seu papel inspirador e motivador para a manutenção, renovação e ampliação das redes de rega. Ultimamente repartia o seu tempo entre Mirandela e Valpereiro, mantendo-se actualizado e informado em termos científicos e técnicos nos seus temas de interesse. Recordaremos sempre o seu fino sentido de humor e ficam-nos, inesquecíveis, muitos momentos que partilhámos, inclusive na véspera da sua morte. Latães, 01.10.2017